Marçal Filho começou o mandato com um gesto que soa promissor: deixou o gabinete e foi às ruas no primeiro dia útil, acompanhando a poda de árvores e a limpeza de canteiros centrais em Dourados. Conversou com trabalhadores e destacou a importância de cuidar do visual da cidade. O gesto, embora simbólico, tenta criar um contraste direto com a gestão de Alan Guedes, marcada pela pouca presença fora dos muros da prefeitura.
Enquanto Guedes priorizou a reforma de R$ 190 mil no gabinete em um momento de demandas urgentes na cidade, Marçal parece apostar em um discurso de proximidade. A proposta de "fiscalizar in loco" os serviços públicos sinaliza uma tentativa de resgatar a confiança do cidadão, algo que o antecessor não conseguiu. Mas é cedo para cravar que isso será regra, e não apenas uma estratégia inicial para impressionar.
Visitar as ruas e os órgãos públicos é um ponto positivo, mas é preciso que o novo gestor não se iluda com afago dos primeiros dias. É preciso mais do que aparições simbólicas para reverter o desgaste causado por anos de uma gestão distante.
Marçal começou bem ao tentar mostrar que entende a necessidade de sair do gabinete. Mas, se confrontado muito em breve, que mantenha a coragem de seguir próximo ao cidadão.
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