Alan Guedes (PP) encerrou sua gestão como prefeito de Dourados em meio a uma derrota política histórica, pavimentada por quatro anos de um protagonismo sufocado e figurantismo deliberado.
Sua gestão, que começou sob o peso da expectativa de mudança, terminou como um capítulo frustrante de inexpressividade política e administrativa.
Alan se destacou não por feitos relevantes ou transformações, mas por celebrar o básico. Fez do ordinário um palco de realização, sustentando sua gestão no respaldo da ineficiência passada, como se garantir o mínimo fosse suficiente para merecer aplausos.
No entanto, Dourados não é uma cidade que se contenta com tão pouco, e o resultado eleitoral foi um recado claro: bom marketing não vende produto ruim.
O que deveria ser uma gestão de renovação, de esperança concretizada, tornou-se apenas mais um adiamento.
A promessa de uma cidade transformada deu lugar a uma Dourados estagnada, onde os sonhos ficaram suspensos e o eleitor ansioso para chegada do novo prefeito.
Alan perdeu a oportunidade de não apenas reescrever a história política da cidade, mas também de redefinir a sua própria trajetória.
Seu portfólio, ao final de quatro anos, é tão relevante quanto seu histórico político já conhecido: modesto, limitado e potencialmente incapaz de inspirar confiança do eleitor de novo.
A chance de virar a página, de demonstrar liderança e ousadia, foi desperdiçada. Ele deixa o cargo sem a marca de quem governa para fazer história.
A derrota esmagadora de Marçal Filho nas urnas apenas mostrou mais do que a força de um adversário; é o reflexo de uma gestão que não conseguiu justificar a confiança que recebeu.
Dourados esperava mais. Alan Guedes entregou menos. E agora, a cidade olha para o futuro, carregando a lição amarga de que esperança sem ação não é suficiente para mudar destinos.
E isso deve ser um mantra diário para o mais novo gestor!
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