Na noite desta quarta-feira (13), duas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, causaram alerta em todo o país. O ataque ocorreu por volta das 19h30 e foi realizado por Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC). O homem utilizou artefatos explosivos em um carro no Anexo 4 da Câmara dos Deputados e, em seguida, detonou explosivos presos ao próprio corpo em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), vindo a falecer no local.
A Polícia Federal (PF) assumiu as investigações e acionou equipes do Instituto Nacional de Criminalística (INC), especializadas em perícia de bombas e explosivos. Os trabalhos incluem a coleta de vestígios, a análise do tipo de explosivo utilizado e a reconstrução detalhada da dinâmica do ataque, utilizando tecnologia 3D. A PF também localizou um trailer ligado ao suspeito, que foi levado para perícia em uma área segura.
Durante uma varredura na residência do autor em Brasília, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) encontrou "muitos" explosivos prontos para detonação, que foram desativados por uma equipe antibomba. As buscas na região da Esplanada dos Ministérios continuam para garantir a segurança.
Francisco Wanderley Luiz publicou mensagens nas redes sociais horas antes do atentado, indicando a preparação do ataque. Entre as publicações, ele mencionava “uma revolução” e fazia críticas ao STF e ao governo. Em uma das mensagens, afirmou: “Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade.” Além disso, acusou personalidades públicas e mencionou ataques a figuras históricas e políticas.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou em uma postagem nas redes sociais que espera esclarecimentos rápidos da Polícia Federal. Ele destacou a gravidade do ocorrido e levantou questões sobre o envolvimento de possíveis cúmplices.
O ataque gerou impacto imediato na rotina da capital federal, com o isolamento da Praça dos Três Poderes e suspensão de atividades na área. Autoridades de segurança reforçaram a presença policial e os protocolos de prevenção a novos incidentes.
Histórico do Autor
Francisco Wanderley Luiz, além de ex-candidato a vereador, tinha passagens pela polícia, incluindo prisão em 2012. Ele era proprietário do veículo usado no ataque e foi associado a ações radicais. A motivação do ato, descrito como terrorista, aponta para reivindicações políticas e ideológicas.
A Polícia Federal continuará as investigações, e o governo federal prometeu ações firmes para prevenir novos atos. A operação também evidencia a necessidade de reforço na vigilância contra ameaças à segurança nacional. Autoridades do Executivo e do Judiciário já se manifestaram, classificando o ocorrido como um ataque à democracia brasileira.
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